Instaurado em novembro de 2023, o inquérito policial que apurava denúncias de possíveis condutas ilícitas do ex-presidente da Câmara Municipal de Caiabu, Rodrigo Souza Lopes (União), durante o exercício financeiro naquele ano, foi concluído pela Polícia Civil, nesta segunda-feira. Com base nos elementos de prova colhidos, o vereador, reeleito em 2024, com 188 votos, que hoje se encontra afastado de suas funções como parlamentar, e alguns dos seus fornecedores, foram indiciados pelos crimes de peculato, contratação direta ilegal e frustração do caráter competitivo de procedimento licitatório.
“As diligências realizadas reuniram indícios de materialidade e de autoria de uma série de crimes. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Fórum da Comarca de Regente Feijó”, explica a Polícia Civil. Em março no ano ado, como noticiado neste diário, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Casa de Leis por policiais civis da Delegacia Seccional de Presidente Prudente e membros do MPE (Ministério Público Estadual) e do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), durante a Operação Tríade.
As medidas cautelares foram concedidas em investigação a uma denúncia feita por uma vereadora da cidade sobre possíveis irregularidades em aquisições de materiais diversos, as quais caracterizariam o cometimento dos crimes pelo parlamentar. Além da Câmara, os mandados foram cumpridos em uma panificadora e em um posto de combustíveis. Em abril de 2024, o juiz da Vara Única da Comarca de Regente Feijó, Marcel Pangoni Guerra, determinou o afastamento imediato de Rodrigo da função de vereador.
Na manhã desta terça-feira, a reportagem buscou contato com a Casa de Leis para questionar sobre as providências tomadas em relação ao caso, a qual indicou que o vereador segue afastado e seu suplente, Edilson Macedo (União), segue ocupando seu cargo. Rodrigo também foi procurado para se posicionar diante do indiciamento. No entanto, até a publicação desta matéria, ele não se manifestou.